quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O transe da Airô Barros





Com carreira rica pautada pela beleza, Airô se confirma grande artista

Já faz oito anos que Airô Barros lançou seu primeiro CD. De lá pra cá, seu trabalho continua atual, como mostra um trecho de Terra em Transe, música que abre o trabalho e o intitula: “Se era pra matar, por que deram nomes aos bichos? ”

Ainda continuamos sem resposta para o questionamento proposto pelo compositor Gladir Cabral, porém, é muito bom ver a arte perguntando. O canto dessa pernambucana provoca isso. E muito mais.

Silvestre Kuhlmann fez a produção e arranjos musicais dessa bem-vinda estreia. A própria artista fez a produção executiva e artística. O que se ouve é um trabalho de personalidade, comprovado por muitas coisas.

Para quem não sabe, Airô se aventura nas artes plásticas também. A capa do CD é dela mesma, uma bela pintura, com ar impressionista e fundo vermelho. Interessante a mistura de manifestações artísticas.

No repertório, de 18 músicas, Airô fez seis. Delas, a melhor e mais impressionante é Rugas, um tratado sobre o passar do tempo e o efeito dele sobre nós: “Cada marca que se formou, representa tempo vivido, é precioso perceber-se envelhecendo”.

No decorrer da audição, a força dessa voz pernambucana passeia por lindo enredo, pautado por riqueza melódica, músicas de outros autores, mas sempre dando seu recado. Bonito de ver. 

Ao final, a própria dá o recado que sintetiza tudo: “Mesmo que eu caia da cama ou das nuvens, continuo a sonhar!”. É isso: sonhe, Airô, sonhe, e nos leve junto com você.

Lígia Fhernanda.

2 comentários:

  1. Caraca...adorei seu carinho lindreza!!! cheirin cheio de gratidão!

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    1. Muito obrigada, Airô! A gente que agradece o carinho <3
      Este espaço é nosso <3

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