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Foto: Miriane Figueira
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De pouco tempo pra cá, Silvio Biondo passou de músico em projetos paralelos em Chapecó, Santa Catarina, para solista a frente do próprio trabalho, o que, talvez, o torne um dos grandes instrumentistas brasileiros da atualidade.
É fácil comprovar isso: basta observar as músicas de seu primeiro CD, Mandolino (2015), todas as 8 compostas pelo artista, com produção musical e arranjos de Glauco Solter. Nelas, Silvio explora musicalidade que vai de norte a sul, tocando para todos, sem distinção.
Dia 8 de abril, 19h, na Fnac do Shopping Barigui, em Curitiba, ele faz show de lançamento desse novo trabalho, gravado na produtora curitibana Gramofone.
Em entrevista exclusiva, Silvio Biondo fala da carreira, influências, relação com o bandolim e muito mais. Ao final da matéria, dá para ouvir suas músicas no Soundcloud.
Depois de tanto tempo de carreira, como avalia sua trajetória até aqui?
Com bom resultado. Ter seguido firme como compositor e ter notoriedade faz valer a pena todo o esforço.
Em entrevista exclusiva, Silvio Biondo fala da carreira, influências, relação com o bandolim e muito mais. Ao final da matéria, dá para ouvir suas músicas no Soundcloud.
Depois de tanto tempo de carreira, como avalia sua trajetória até aqui?
Com bom resultado. Ter seguido firme como compositor e ter notoriedade faz valer a pena todo o esforço.
Conte-nos sobre o período com o Red Tomatoes.
Os Red Tomatoes são meus parceiros de som de uma vida toda; lançamos diversos trabalhos, desde as fitas demo nos anos 90 passando pelos CDr e CD profissional. Com os Red Tomatoes conseguimos sair do interior e tocar em diversas capitais e ajudamos a escrever a história da música independente na internet. Entramos para o Dicionário Cravo Albin de música popular brasileira (http://www.dicionariompb.com.br/), onde estamos lado a lado com os grandes nomes da música brasileira como Noel Rosa, Chico Buarque, Roberto Carlos, etc.
“O primeiro festival independente brasileiro transmitido ao vivo pela internet”, como e quando foi isso?
Um grande evento promovido pelo espaço cultural 92 Graus com seu proprietário JR. O Curitiba Calling de 2009 foram 3 noites de bandas em 2 palcos com transmissão ao vivo pela Internet. O feedback na ocasião foi muito bom, tivemos retorno de diversos locais de pessoas que assistiam à distância. Nossa performance com os Red Tomatoes foi destaque no site da emissora MTV.
Um bom músico se faz na escola ou na vida?
Na vida.
Até hoje, o que você viveu de mais absurdo fazendo música?
O maior absurdo foi um show com os Red Tomatoes em Chapecó/SC na década de 90 quando, por algum motivo que não lembro qual, abrimos o show do grupo de pagode Só Pra Contrariar em uma feira agropecuária e lá tivemos uma quantidade de público digno de um show do AC/DC.
Como foi o primeiro show de lançamento, que aconteceu em dezembro de 2015?
O show ocorreu no bar Brancaleone, em Curitiba/PR. As instalações eram de pouca estrutura, mas tivemos um bom público. Fiquei surpreso com a reação de gritos e aplausos frente à energia emitida pelo grupo.
O disco se chama Mandolino por qual motivo?
O Bandolim apareceu para mim durante uma viagem à Itália, especificamente em Roma. Eu mesmo não tinha certeza se o instrumento era um bandolim. No ato da compra, entrei na vitrine, peguei o instrumento e fui até o caixa. Não falando italiano, solicitei em inglês: “I want this! ” A moça do caixa também não sabia o nome do instrumento e pediu para um colega, que respondeu berrando: MANDOLINO. Em seguida, pegamos o trem para Florença e foi lá que comecei a experimentar o instrumento. Como não sabia nenhum choro e nenhum samba, compus minha própria música, que é a música Mandolino. E isso para mim é muito especial pois minha primeira música no instrumento foi composta em Florença, onde temos grandes obras de arte da nossa história, como por exemplo, o David de Michelangelo.
Qual a importância dos músicos que tocaram nesse trabalho?
São meus parceiros que deixam que eu os influenciem bem como acho positivo quando eles colocam sua identidade musical nas composições. Embora sejamos originários de vertentes musicais diferentes, nossa energia é comum.
Quais são seus ídolos, aqueles que te influenciam?
Não tenho mais a impressão lúdica sobre ídolos, mas falando de bons músicos, acho o Tom Jobim o melhor compositor já visto. No bandolim, não posso deixar de citar o Jacob do Bandolim, que faz com que tenhamos orgulho da música brasileira. Os guitarristas que mais me influenciaram no bandolim são Jimi Hendrix, Dick Dale e os Ventures. No entanto, há coisas que só vieram à tona como instrumentista após as oficinas de música ministradas pelos guitarristas André Christovam e Dino Rangel, e os bandolinistas Daniel Migliavacca e Rodrigo Simões. Com este último instrumentista em especial, tive dois anos e meio de aula de bandolim, no conservatório de MPB de Curitiba.
Fazer música instrumental no Brasil é um desafio?
Estou descobrindo agora, mas acho que o terreno (terreiro) é favorável porque quando falamos em novas músicas compostas no Brasil, percebemos muitas pessoas tocando bem, mas poucos compondo boas letras. Outro fato é que a música instrumental pode ser aproveitada da mesma maneira dentro ou fora do Brasil.
Alguns dizem que, para o artista brasileiro, é mais fácil pegar o avião para fora daqui e fazer show, do que dentro do próprio país. Qual a sua opinião a respeito?
Logo saberemos, ainda não experimentei uma turnê internacional, mas na volta da primeira turnê internacional que realizar, volto aqui para responder.
Conheça o trabalho acessando aqui: Soundcloud - Silvio Biondo
